Além do físico: o impacto da dor na sua saúde Mental.

Você já teve a sensação de que, em dias mais difíceis emocionalmente, as dores do corpo também pareciam mais intensas? Talvez uma tensão nas costas, uma dor no pescoço, ou aquele incômodo persistente em alguma parte do corpo. Essa conexão entre o estado emocional e a dor física não é apenas impressão. Diversas regiões cerebrais envolvidas na regulação das emoções também participam da percepção da dor.

A dor não é sentida apenas onde ela começa. Antes de ser percebida, ela percorre um caminho complexo que envolve áreas do cérebro também responsáveis pelas nossas respostas emocionais. Parte desse percurso passa pelo sistema límbico, um conjunto de estruturas do cérebro que atua como um centro de processamento das emoções, estudado há muitos anos pela psiquiatria e pela neurociência. Essa ligação ajuda a explicar por que há tanto tempo se reconhece a relação entre dor crônica e transtornos como depressão e ansiedade.

Portanto, não é por acaso que momentos de dor física também costumam vir acompanhados de cansaço emocional, irritabilidade ou sensação de esgotamento. Quem já passou por isso pode perceber, na prática, que o corpo e as emoções estão profundamente integrados, sendo processados juntos. Cuidar da dor física, nesse contexto, é também uma forma de cuidar da saúde mental. Se corpo e mente sofrem juntos, também podem se recuperar juntos. E muitas vezes, esse processo começa pelo cuidado com o corpo.

A relação entre atividade física e saúde mental é ampla, consistente e bem estabelecida. Movimentar o corpo de forma regular pode reduzir dores, modular o estresse e atenuar sintomas relacionados à ansiedade e ao humor. Esse tipo de cuidado vai além da prevenção de lesões ou da melhora postural, ele fortalece a capacidade de lidar com as pressões do cotidiano. Escolher o Pilates é escolher cuidar do corpo e também da mente. Porque saúde mental também se constrói em movimento.

Autoria: Marco Matheus de Azevedo Barja

Em parceria com o Estúdio Unit Pilates

Referências

1. Kaplan, H. I., & Sadock, B. J. (2017). Manual de Psiquiatria Clínica. Porto Alegre: Artmed.

2. Associação Brasileira de Psiquiatria (2022). Tratado de Psiquiatria da ABP. Porto Alegre: Artmed.